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O Brasil é um dos países com maior potencial para geração de energia solar. O país conta com um alto índice de insolação – superior a 30 mil horas por ano. Apesar do grande potencial de expansão, a geração de eletricidade a partir do sol ainda é pouco utilizada para alimentar indústrias, casas e edifícios (ela responde somente por 0,02% da matriz brasileira). O sistema fotovoltaico – que transforma a luz do sol em energia – requer alto investimento e espaço adequado para instalação, pois os painéis devem ser localizados nos telhados das edificações em regiões de incidência solar. Diante desse desafio, a Solled Eficiência Energética, de Santa Cruz do Sul (RS), desenvolveu um projeto que pode servir de opção para empresas que possuem espaço físico limitado ou estão instaladas em áreas de sombreamento.
O modelo de negócio, inédito no Rio Grande do Sul, consiste na geração remota de energia a partir de uma micro usina ligada ao sistema fotovoltaico cujo espaço para a instalação é locado pela Solled. “O proprietário terá de ter uma entrada de luz conectada à rede da concessionária e lá fará a instalação dos painéis”, explica Mara Andrea Schwengber, uma das sócias da Solled. No ponto de conexão não há consumo, apenas geração. Através do sistema, o cliente poderá transferir os créditos excedentes para uma ou mais das suas contas de energia – sejam comerciais ou residenciais. Dessa forma, o cliente poderá ter vários pontos de consumo, embora a instalação seja em um único local.
O primeiro projeto, nesse formato, está sendo implantado em parceria com a Clipp Grafitte. A papelaria santa-cruzense locou um terreno para instalação dos painéis e tem o seu crédito gerado transferido para o estabelecimento e para a residência do sócio-proprietário. Serão produzidos 64,4 mil Kw ao ano – equivalente ao consumo médio de 36 residências. A papelaria gerará uma economia de mais de R$ 52,8 mil por ano na fatura de energia elétrica.
A Solled é uma das empresas gaúchas com o maior número de sistemas instalados no Estado e conta com mais de 100 usinas interligadas à rede no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. A companhia tem mais de 40 projetos em execução. Juntos, eles geram 354 mil Kw por mês – equivalente ao consumo médio de 195 residências – e uma economia de R$ 276 mil ao ano. Josué Farias, também sócio da Solled, estuda ampliar a atuação. “A partir de agora teremos, além dos projetos e instalação, a distribuição de placas solares, o que deve contribuir ainda mais para o crescimento do setor”, cogita.
A interligação dos três primeiros projetos fotovoltaicos à rede elétrica de Santa Cruz do Sul, em 2013, foi feita pela Solled. Hoje, a cidade é referência nacional na utilização de energia solar com cerca de 50 micro usinas instaladas – 80% dos projetos ligados à rede de energia elétrica são de responsabilidade da companhia. O município gaúcho obteve a quinta posição no ranking 50 Telhados, promovido pelo Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal), organização sem fins lucrativos com sede em Florianópolis (SC), que atua na promoção de energias renováveis e de políticas de integração energética no continente. Além de Santa Cruz do Sul, Florianópolis, Curitiba e Porto Alegre figuram entre as dez cidades do Brasil com maior geração distribuída a partir da energia fotovoltaica. O país contabiliza aproximadamente 5 mil projetos de energia solar e pretende chegar a 10 milhões na próxima década.
Fonte: www.amanha.com.br